Parque Natural da Ria Formosa

A Ria Formosa é uma área protegida com estatuto de Parque Natural. Estende-se pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, abrangendo uma área total de cerca de 18.400 hectares ao longo de 60 km, desde as zonas do Ancão até Manta Rota. E uma área vital para a avifauna, estando incluída na lista de zona húmidas de importância internacional da Convenção de Ramsar, e também, Zona de Protecção Especial segundo a legislação da União Europeia.

A Ria Formosa é uma zona lagunar, separada do mar por um cordão arenoso, conectando-se com o mar através de barras naturais e artificiais.

Compreende uma estreita faixa terrestre e um cordão de dunas litorais quase paralelo a orla continental, formado por penínsulas e ilhas, servindo estas como barreiras arenosas naturais de protecção a uma vasta área de sapal, canais e ilhotes.

No meio de todo o desenvolvimento tecnológico que se vem vindo a verificar ao longo destes últimos anos pelo Planeta fora e sabendo da força que o dinheiro exerce em muitas frentes neste País, é bom saber que temos aqui bem perto uma área verde de rara beleza e praticamente inviolada pelo cimento e pelo ferro do Homem. Isto porque, uma vez que a Ria Formosa faz parte da Rede Natura 2000, desde 28 de Agosto de 1997, quando se tomarem decisões acerca da sua administração, a protecção dos seus habitats devera ter a prioridade máxima, acima de outros interesse, como sejam o desenvolvimento turístico e/ou urbano.

Aves Migratórias

Devido à sua localização geográfica, a Ria Formosa revela-se uma área de extrema importância, uma vez que se trata de uma zona invernada para as aves migratórias que aqui chegam no Verão vindas do norte e centro da Europa.

Desta forma a Ria Formosa afirmar-se como uma passagem obrigatória para essas aves que aqui descansam nas suas zonas lagunais antes de partirem rumo a África.

Devido a este movimento migratório de aves, esta zona paradisíaca revela por vezes raras espécies de aves, possibilitando assim um local de nidificação. Com mais de 30.000 aves é, em termos de invernada, a segunda mais importante zona húmida de Portugal.